Digamos que aqui eles são mais práticos, então. Cheguei a essa conclusão depois de visitar algumas igrejas históricas de Madrid, no último final de semana, e descobrir que é impossível acender uma velinha sequer para o seu santo de devoção. Os espanhóis trocaram a cera, o pavio e fogo pelo plástico e pela eletricidade.
Nos pés dos santos, as velas elétricas são a única maneira de fazer uma homenagem, um pedido ou agradecimento ao protetor. Não encontrei ninguém que conseguisse me dar uma explicação para tal mudança, que na minha opinião é bastante esquisita e tira o sentido da tradição. Mas levando em consideração que o fiel deve pagar 0,20 euros (R$ 0,54) para ter sua eletro-vela acendida, acho que o método é mais rentável para a igreja do que comprar caixas e caixas da “antiga” vela.
E até a maneira de pagar o que eles chamam de oferenda é moderna. O velário elétrico é dotado de um sistema de cobrança automático, onde só é preciso colocar uma moeda na maquininha, sem complicações.
Não sei como é no resto da Europa, mas já me informei que a eletro-vela é adotada em muitas partes da Espanha e de Portugal. Vai entender!